Sindicato da categoria não quer que os trabalhadores aceitem documentação de desligamento com data retroativa
VALENTIM CARDOZO
Da Redação
Os auxiliares de limpeza da empresa SAFE, a qual teve contrato interrompido com a Prefeitura de Cubatão durante esta semana, estão desde a manhã desta sexta-feira (12), no escritório da empresa, na região central da cidade, para receberem e assinarem o aviso prévio de dispensa dos serviços, devido a interrupção do contrato com a administração municipal. Porém, segundo informações vindas de diretores do sindicato da categoria (SINDLIMPENZA), a SAFE Serviços quer realizar a homologação com os trabalhadores com data retroativa (como se os profissionais ainda estivessem trabalhando), o que não ocorre desde o meio da semana.
Segundo a presidente do SINDLIMPEZA, Paloma dos Santos, tal atitude vinda da empresa, não deve ser aceita pelos trabalhadores. “Estamos tentando orientar a categoria que não assinem a documentação nesses termos. Porém muitos desses funcionários estão na expectativa de serem admitidos pela próxima prestadora de serviço a ser contratada pela prefeitura, e acabam por não medir as consequências futuras que a assinatura do aviso nessas circunstâncias pode causar-lhes”, diz a líder sindical.
“No entanto o SINDLIMPEZA está aqui presente para orientar os trabalhadores, e uma assembleia deve ser realizada ainda hoje, no intuito de esclarecer as dúvidas para que esses profissionais, chefes de famílias, os quais necessitam serem amparados pela Lei, para não tenham prejuízos ainda maiores.
PROCRASTINAÇÃO – O jornal FOLHA DE CUBATÂO vem acompanhando o caso desde a última quarta-feira (10), quando os trabalhadores acompanhados de diretores do SINDLIMPEZA realizaram manifestação pacífica, em frente ao gabinete do prefeito Ademário Oliveira (PSDB). Na ocasião, os manifestantes foram avisados por integrantes do governo que o contrato seria encerrado, e que os trabalhadores que vinham tendo seus direitos violados teriam a situação resolvida e seriam contratados pela nova empresa que assumiria os serviços.
No entanto, parece que esses desmandos vindos da SAFE já ocorrem por mais de dois anos. O advogado Luiz Henrique “Nêga” Pieruzzi, procurou a redação da FOLHA, com documentos que comprovam atendimento a funcionários da SAFE já no ano de 2021. “Fui procurado por esses profissionais, que já na época reclamavam dessas atitudes, o que comprova que o problema é antigo. Protocolamos junto a Prefeitura na época documento pedindo cópia do contrato vigente da SAFE Serviços com a administração municipal, que comprova que as irregularidades já ocorrem vidas de anos anteriores.
ESCOLAS SEM AULAS – Com a interrupção do contrato e o desligamento dos trabalhadores, as escolas do município, onde esses profissionais atuavam, acabaram tendo as aulas interrompidas na última quinta (11) e sexta-feira (12), por não terem quem fizesse a limpeza das unidades de ensino. O comunicado foi feito pela Diretoria Municipal de Ensino, por meio de um memorando, que dizia que esses dois dias sem aula serão repostos nos dias 03 e 17 de junho, respectivamente.
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