Cubatão, 16 de Maio de 2024 - 00:00:00

Próxima da USIMINAS, Vila Varandas sofreu com as chuvas

21/03/2020
Próxima da USIMINAS, Vila Varandas sofreu com as chuvas Casas com varandas deram o nome ao bairro


Bairro esquecido no Polo Industrial necessita de doações.

 

VALENTIM CARDOZO
Da Redação

 

As fortes chuvas que paticamente devastaram as encostas e alagaram boa parte as ruas das cidades da Baixada Santista deixaram um rastro de destruição e mortes, onde mais de 40 pessoas perderam a vida e outras dezenas ainda encontram-se desaparecidas. Quase duas semanas depois da fatídica noite de tempestades que castigaram torrencialmente Santos e Guarujá, os mesmos municípios ainda lutam contra as consequências da tragédia, com o apoio de toda a sociedade civil, principalmente vindo de suas próprias comunidades, por meio da compaixão e da solidariedade.


Apesar de Cubatão ter tido um volume de chuvas menor do que as cidades vizinhas, na região de Piaçagurera, a qual é cortada pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni, nas entranhas do Polo Industrial, um antigo bairro de trabalhadores ferroviários, oriundos da antiga  RFFSA. (Rede Ferroviária Federal) , que praticamente foi esquecido pelo tempo, sofreu com as inundações do último dia 2 de março. A Vila Varandas.


O bairro que tinha tinha como referência o extinto campo de futebol do 15 F.C., as margens do Rio Mogi, hoje conta apenas com um total 7 familias, somando 33 moradores, sendo 7 destes crianças. Boa parte desse pequeno números de munícipes estão abrigados em casas de parentes, que também residem na Vila Varandas e temem por novas chuvas, o que viria a causar ainda mais sofrimento para aquela comunidade, já tão castigada pelas recentes cheias.


Segundo uma mordora do bairro, Andressa Reis, que está abrigada na casa de seus pais, também na Varandas, juntamente com seus dois filhos (uma menina de 8 e uma criança de 3 anos de idade), as aguas do rio subiram dentro de poucos minutos, inundando, sua casa e a de outros moradores. "Hoje estou nesta situação. Acolhida juntamente com meus filhos na casa de meus pais, onde ainda vivem mais três irmãos. Essa é a minha atual situação e também, de outras pessoas que moram aqui", relata a moradora.


LÍDER COMUNITÁRIA DIZ QUE AJUDA POR PARTE DA PREFEITURA FOI MÍNIMA


Atual liderança do bairro e de uma família que há mais de 50 anos reside no local, Aline Miguel é uma das pessoas que está a frente na arrecadação de alimentos, materiais de higiene pessoal e limpeza para os moradores da Vila. No entanto, ela afirma que apesar da solidariedade que vem recebendo de algumas pessoas, a Prefeitura de Cubatão ajudou muito pouco, para as necessidades  que os moradores vem enfrentanto. "O que enviaram para a comunidade foi apenas um único kit de alimentos para cada família, o que não supre de forma alguma a carência das pessoas. Além disso, não foi oferecido nem abrigo aos moradores". lamenta a moradora do bairro.


PREFEITURA -  Em nota, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que  foi realizada uma visita no dia 5 de março, por representantes do Fundo Social de Solidariedade com a participação de assistente social vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social, foram feitas as chamadas "visitas sociais" às famílias da Vila Varandas, para verificação de suas necessidades, e oito famílias passaram por cadastro 'in loco', sendo atendidas imediatamente com cestas básicas, roupas, produtos de cama, mesa e banho e colchões, conforme as suas necessidades levantadas pela Assistência Social.  Desde o primeiro momento, o Fundo Social vem acompanhando a situação das comunidades, em contato direto com os moradores, no sentido de estar preparado para todos os atendimentos necessários em seu âmbito de atuação.


Entretanto, os primeiros passos no atendimento são dados pela Defesa Civil (Comdec), que verifica os danos causados aos imóveis, a eventual necessidade de interdição e outras providências deste tipo. O passo seguinte é dado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, que verifica as necessidades dos moradores e faz os encaminhamentos necessários para os diversos órgãos - inclusive para este Fundo Social, em casos como a necessidade de alimentos, roupas e outros produtos. 


ARRECADAÇÃO - Segundo moradores, o ex-vereador e também advogado  Fábio Moura, que já tomava conta de uma causa judicial, sobre uma possível indenização de retirada dos moradores do local junto a empresa ferroviária que substitui a antiga RFFSA, é quem está a frente das arrecadações de roupas, mantimentos e matrial de higiene em prol das vítimas. Moura diz que tem estado continuamente no bairro, tentando ajudar como pode as pessoas mais necessitadas.


"Tenho acompanhado as dificuldades dessa comunidade há muito tempo, pois eles esperam o desfecho de uma indenização digna por parte dessa empresa de logística ferroviária, para poderem seguir com suas vidas com dignidade, quem sabe em um outro lugar. Porém, enquanto isso não ocorre, é necessário sanar essas necessidades, as quais pioraram ainda mais após a inundação", relatou o advogado.


Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelos telefones (13) 99710-4475 / (13) 97414 -9281.


 

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