Cubatão, 16 de Maio de 2024 - 00:00:00

Felicidade

03/01/2022
Felicidade

 

 

(*) MARCIO AURÉLIO SOARES

 

Desde antes de Cristo, na Grécia antiga, o filósofo Aristóteles afirmava que a felicidade é “o maior bem desejado pelos homens e o fim das ações humanas”. Segundo ele, faz parte da natureza humana o desejo de ser feliz.

Mas o que é felicidade? Para quem tem fome, é ter um prato de comida. Para quem tem frio, um cobertor. Parece-me, em princípio, que felicidade nos remete a um estado de conforto mínimo para quem não os tem. Para a parcela que tem garantidas boas condições de vida material, a felicidade pode ter como sinônimo o prazer. Suas vidas são guiadas pela satisfação de impulsos. Mas essa felicidade não dura para sempre, ela depende de eventos e experiências externas. Outros, condicionam a felicidade a obtenção de honrarias e o reconhecimento de seus feitos pelo olhar do outro. A ação humana, neste caso, não é suficiente para a condução à felicidade; depende de uma interpretação, de alguém que o valide. Pessoas assim, e não são poucas, querem provar para si mesmas que são boas de fato. Se o bem material e o prazer momentâneo não são consistentes para a garantia da felicidade, tais condições, no entanto, são indispensáveis à sua percepção.

 

A felicidade é um estado de graça, um estado da alma, cuja razão somente o ser humano pode ter, tal a sua consciência existencial. Para muitos filósofos, o estado contemplativo é o que está mais próximo da felicidade porque diviniza o humano e o aproxima de Deus.

 

A felicidade é contagiante, e revolucionária. O feliz não diminui ou exclui as pessoas ao seu redor. Ao contrário, compartilha, inspira, respeita, ajuda e tem empatia e compaixão. Dela depende o bem-estar das comunidades e sua percepção coletiva deve ser o objetivo da política. Uma pessoa feliz, é só uma pessoa feliz. Várias pessoas felizes, é uma comunidade feliz, vivendo em bem-estar.

 

Existe um felicitômetro?

 

É o que o Relatório Mundial da Felicidade tenta ser. Elaborado anualmente pela ONU – Organização das Nações Unidas, o Ranking Mundial da Felicidade estabelece alguns critérios para pesquisa, tais como, PIB per capita, expectativa de vida, suporte social, liberdade para fazer escolhas, generosidade e percepção da corrupção. Neste felicitômetro, o vencedor é a Finlândia, seguida de perto pela Dinamarca, Islândia e Suíça. O Brasil está na 41ª posição entre os 156 países testados.

Felicidade é feliz cidade.

 

 

22 de dezembro de 2021     

                      

                                           Marcio Aurelio Soares é médico sanitarista

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