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A vacinação dos menores de 12 anos e o desserviço dos  agentes políticos

05/01/2022
A vacinação dos menores de 12 anos e o desserviço dos  agentes políticos

 

(*) RACHEL BALSEIRO

Mais uma celeuma em que se encontra mergulhado o país, sem haver qualquer razão científica para tanto ou impedimento do órgão regulador e, responsável por tal fato: vacinação dos menores de 12 anos e acima de 5 anos. Inegavelmente a ANVISA que é a agência pública, devidamente regulamentada, já fez sua avaliação técnica, com todos os fatores necessários e aprovou a vacinação. Contudo, em uma politização, novamente, do tema, o governo federal, no dia de 4/1/2022, realizou uma audiência pública, que só representa a péssima gerência do erário e pior, aguça a dúvida aonde não há. Razão pela qual a ANVISA sequer participou dessa audiência.

A lenda que as vacinas são recentes e que não há prova científica para aplicá-las, não tem embasamento científico, visto que tais vacinas já vem sendo desenvolvidas e testadas faz mais de 20 anos. Apenas foram adaptadas para o COVID  19.  Além do mais, países desenvolvidos e com investimentos sérios em pesquisa que vergonhosamente não é o caso do Brasil, já aplicaram as doses da vacina nessa faixa etária.  Ainda em reportagem do New York Times, desta semana, ficou comprovado que o aumento de casos graves da COVID-19, atinge menores não vacinados e que desenvolvem a forma mais grave. 

 

O Brasil sequer encomendou as vacinas para a Pfizer, nenhum pedido existe do Governo Federal e, a volta às aulas já estão se aproximando e, não será possível o ciclo vacinal estar completo. Isso é irresponsabilidade, é brincar com a vida daqueles são o futuro do país. Além do mais, como ficarão os genitores se perderem seus filhos, vão reclamar a quem? Vão processar quem? Vão ter seus filhos de volta? 

 

 

O país caminha muito mal, e, se nos EUA em um só dia foram mais de 1 milhão de novos contaminados. Isso parece brincadeira? Então, pais e responsáveis por netos, tutelados, pressionem, porque vocês também serão cobrados por eventuais omissões, no futuro.  É lastimável iniciar 2022 com tal situação que não é brincadeira de criança, mas descaso de adultos e, consequentemente, bem provável que gere danos irreversíveis.

 

 

(*) Rachel Balseiro é cientista política, advogada,

escritora e professora universitária.

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