Cubatão, 16 de Maio de 2024 - 00:00:00

Decreto não traz investimento público nem apoio ao comércio

24/03/2020
Decreto não traz investimento público nem apoio ao comércio Kokinho Guerreiro encabeça luta de pequenos empresários contra o decreto

 

Ampliação de leitos de UTI e socorro aos empreendedores
ficaram fora do Estado de Calamidade Pública

IVO DE OLIVEIRA
Da Redação

Numa canetada do prefeito Ademário Oliveira (PSDB), Cubatão entrou em Estado de Calamidade Pública. A exemplo de milhares de outras cidades brasileiras, o decreto municipal 11199/20 que vigora desde 22 de março, cria diversas obrigações de pessoas e empresas na luta para barrar o avanço da pandemia de coronavírus. Comércio, empresas, repartições públicas já baixaram portas e entraram no modo delivery. Apenas serviços essenciais funcionam normalmente. 


Sem estabelecer nenhuma obrigação para si, o decreto do prefeito não cria nenhuma vaga de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em Cubatão, mesmo com projeções de aumento exponencial de infectados, publicadas pelo Ministério da Saúde, válidas para o território nacional. Mesmo assim, o governo declara que a cidade está preparada para a crise. De fato, a gravidade da situação justifica o sacrifício das atividades comerciais que aglomeram gente. Micro, pequenos e médios empresários estão entre os mais prejudicados, porque vivem das vendas. Eles precisam de medidas econômicas para evitar demissões e falência. 


Preocupado com o futuro, o empreendedor Antônio Simões – o Kokinho Guerreiro - criou um movimento via rede social, pedindo entendimento entre poderes executivo e legislativo, e concessionárias de água e luz, para isentar a cobrança de tarifas, durante a crise. Do movimento, surgiu pauta com outras reivindicações, que segundo Guerreiro, será enviada à Prefeitura, Câmara e concessionárias. Na internet “bombou” vídeo de Kokinho, cobrando providências também da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cubatão). 


Diante da repercussão, o presidente da Acic, Geraldo Freitas, respondeu de forma letárgica. “Temos que parar tudo. Daqui 20 dias, que é o prazo estimado para o pico da pandemia, iremos buscar solução junto às esferas governamentais para que nós, comerciantes, não soframos mais do que a gente já vem sofrendo há anos”, projeta Freitas. “Na verdade, me sinto de mãos atadas onde só resta pedir a Deus para que ilumine o caminho de todos, principalmente dos funcionários públicos envolvidos nessa tarefa. Como presidente da Acic, gostaria de fazer mais do que isso”.

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