Com a ajuda de Santiago Perez, moradores do São Manoel tentam sanar problemas causados pelas obras da "Nova Entrada de Santos"

Santiago com moradores da comunidade

Rachaduras e inundações tiram o sono de moradores em bairro na entrada Santos.

 

VALENTIM CARDOZO
Da Redação

Moradores do Jardim São Manoel, na cidade de Santos, questionam as consequências que as obras da nova entrada da Cidade vem causando. Algumas casas do bairro, que fica bem na divisa do município praiano com a cidade de Cubatão, vem se queixando de rachaduras em suas casas, além de um aumento efetivo nas constantes das marés, já que o bairro é cercado entre diversos braços de estuário e pequenos córregos.

Dois dos principais atritos são o batimento das estacas de sustentação que ligarão a Via Anchieta com a Avenida Nossa Senhora de Fátima, principal escoamento do fluxo carroçável entre as duas extremidades de Santos, além do direcionamento a vizinha São Vicente. O Outro problema, se resume a questão das enchentes que aumentaram e começaram a invadir algumas casas da comunidade. Há quem diga, que esse problema veio a ocorrer devido alguma interferência no fluxo de um corrégo que tem no local, o que gerou acúmulo de água, devido o problema na falta de vazão.
A voz dos moradores veio a ganhar mais força, após a denúncia e o apoio ter partido do locutor, radiaista e jornalista santista, Santiago Perez ter intevido no local em prol da comunidade. "Como homem público e santista de coração, não poderia vir a saber de todo o sofrimento dos moradores do São Manoel, população a qual possuo grande carinho devido a audiência que tenho aqui no bairro. Que as obras são importantes para toda a cidade, isso já sabemos, no entanto, temos que valorizar primeiramente as condições de moradias de toda a comunidade, principalmente de um bairro tão estimado e de história na cidade de Santos, como o Jardim São Manoel, relata o raidalista, famoso pelo jargão "Acorda Bicho Preguiça".

MORADORES - Intrigados e indignados com tudo o que vem ocorrendo no bairro desde o começo da transposição do novo viaduto sobre as moradias, membros da comunidade resolveram relatar de forma específica o dia a dia de suas rotinas nos últimos tempos. "Detentor de uma casa nos arredores da Praça Nicolau Geraigire, o professor de artes marciais, Ivo Pereira, morador há 24 anos do bairro, diz o problema começou a piorar no início das obras. "Tudo isso veio a piorar em torno de 100%, após os inícios das obras. rachaduras nas residências e as inundações, onde a água literalmente invade a casa das pessoas, tornou-se uma constante diária por aqui. E olha que isso está ocorrendo sem chover, então, imaginem na época de fortes chuvas. Fora sem contar que esse bate -estaca das obras está danificando a estrutura das residências. Devemos lembrar que por aqui, o lençol freático é muito raso. Alguns responsáveis pela obra, vieram aqui e  nos trataram com muita, mais muita indiferença", disse o professor.

Outro caso que também merece atenção é do soldador José Lopes de Souza Neto, de 53 anos. Morador há 12 anos do Jardim São Manoel, Neto teve toda estrutura do teto de sua casa (qual era feita de forro) danificada devido o batimento da obra. Fui obrigado a sair de casa, pois, caso o não fizesse, tudo teria desmoronado em cima da gente. Estou com mulher e filho morando na casa de um amigo e, já devo ter gastado algo em torno de R$10mil reais até o momento, na tentativa de recuperar o que foi perdido. Mas com certeza, até o final dos reparos, o gasto será bem maior", lamenta.

Um grupo de moradores, liderados pelo prórpio radialista Santiago Perez pretendem chamar a atenção da Prefeitura de Santos (responsável pela obras, juntamente com suas contratadas), por meio de um abaixo assinado, colhendo assim o manifesto da comunidade, ou até de um laudo técnico de engenharia ou até mesmo ambintal, já visando um possível ressarcimento por parte das famílias prejudicadas. "Se necessário e tivermos condições jurídicas de provar o ocorrido, iremos até o Ministério Público, no intuito de se fazer justiça a comuniade do São Manoel", disse Maurício Baltazar, advogado na luta em prol dos moradores do São Manoel.