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Arlindo Ferreira: Das mãos de “Bia Parteira”, na Fabril, aos “Causos Cubatenses I e II”

05/04/2019
Arlindo Ferreira: Das mãos de “Bia Parteira”, na Fabril, aos “Causos Cubatenses I e II”

Historiador e Escritor, Arlindo Ferreira é hoje vice-presidente do CAMP

 

 

Arlindo Ferreira, o mais conhecido historiador da cidade é um legítimo cubatense de nascimento. Tudo começou em 22 de março de 1937 (Arlindo tem 82 anos), no bairro da Fabril, pelas mãos da saudosa e histórica “Bia Parteira”, Arlindo veio ser filho de Álvaro Ferreira e Amélia Cunha Ferreira, e consequentemente, sobrinho de Armando Cunha, o primeiro prefeito de Cubatão.
 

Residiu na Fabril até os seus 16 anos de idade, tendo dado início aos estudos No Grupo Escolar Cubatão de Cima, no mesmo bairro. No ano de 1952, aos 16 anos de idade, mudou-se juntamente com a família para a região central da Cidade, mais precisamente na Avenida Pedro José Cardoso, onde nessa época completou o ginásio no Colégio Santista, na vizinha cidade de Santos. Ainda adolescente, aos 17 foi trabalhar na antiga FAFER (Fábrica de Fertilizantes, hoje Vale), onde permaneceu até o ano de 1954, pois passou a fazer parte do quadro de funcionários de Cia Santista de Papel, da qual se ausentou em 1957, quando foi servir as Forças Armadas Brasileiras, no 6°Grupo de Artilharia de Costa Motorizado, quando se promoveu Cabo e consequentemente, classificado em terceiro lugar para o posto de Sargento.
 

Após a fase de prestação de serviços militares, Arlindo Ferreira ingressou no então Banco Carvalho, onde teve uma carreira de extrema ascensão em um período de 10 anos (1957 – 1967), de caixa a gerente. Ao ver o deslanchar, formou-se primeiramente Técnico em Contabilidade, aqui mesmo em Cubatão, na Escola Estadual Afonso Schmidt. A diplomação encorajou Arlindo Ferreira, que se firmou no ramo ao fundar a Contabilidade Mercúrio, na proximidade das esquinas da Avenida 9 de Abril com a Rua Armando Sales de Oliveira.
 

Já no ano de 1976, veio então um novo salto na carreira, quando decidiu cursar Direito na Universidade Católica de Santos, onde conclui a graduação, tornando-se assim, bacharel em 1982. Três anos após, em 1985, foi convidado para ser chefe de escritório da extinta Fundação Cubatense (antiga Santa Casa), sendo transferido para o quadro de funcionários da Prefeitura Municipal de Cubatão, onde permaneceu até se aposentar, no ano de 1998, após acumular vários cargos importantes.
 

Vida Social dedicada a Cubatão (Esporte, Cultura e Lazer)
 

Após presentear a reportagem da Folha de Cubatão com sua biografia escrita, Arlindo revelou o trabalho social que exerce em Cubatão, desde o ano de 1968. Amante do esporte, principalmente do Futebol, ele relembra quando assumiu no mesmo ano a presidência do Esporte Clube Cubatão. Além disso, foi presidente do IBM Clube, um time de “Futebol de Saco”, como era chamado na época, os clubes que não dispunham de sede própria, e também fez partes de diretorias do E.C. Jardim Casqueiro, da Associação Atlética Guimarães e do então Águia F.C., que era sediado no bairro do Curtume.
 

Outro fato marcante na vida pública de Arlindo Ferreira foi participar da fundação do Instituto Geográfico e Histórico de Cubatão, no ano de 2002. Onde foi nomeado e instituído o primeiro presidente desse núcleo de pesquisas, além de fazer parte também, nos dias atuais do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Cubatão.
 

História no CAMP – Arlindo Ferreira é hoje o vice-presidente do CAMP de Cubatão. É um dos diretores com maior tempo em atividade, já que segundo o próprio Arlindo, acabou participando de forma atuante da maior parte das diretorias. “Participei das administrações do fundador Mário dos Santos e também dos colegas Arlindo Fagundes e Antônio Jorge. Comecei aqui em 1972 e, só não fui um dos fundadores, devido a um desentendimento em uma partida de futebol, com o saudoso Mário dos Santos... rs”, conta Arlindo Ferreira. “Devido a uma discussão após uma jogada, ele acabou por não me convidar para ser um dos fundadores do CAMP, na inauguração da Entidade, mas o “mal entendido” foi superado e a nossa amizade que já era bem forte, ficou maior ainda e o próprio Mário dos Santos, um ano e meio depois daquela partida, me convidou para ser diretor. Aceitei.”, relembra entre risos, Arlindo.
 

A Família e os livros: “Causos Cubatenses”
 

Arlindo Ferreira casou-se no ano de 1962, com Arlete Lima Gonçalves, com quem é casado até hoje (o que representa mais de 56 anos de matrimônio), união que lhe rendeu quatro filhos (Arlindo, Eliana, Fábio e Fernanda), e 10 netos, além de dois bisnetos. A família de sangue cubatense teve a oportunidade de acompanhar outra paixão de Arlindo Ferreira. A literatura.
 

Autor dos famosos livros “Causos Cubatenses”, edições 1 e 2, ele diz que a ideia de escrever esses contos era para preservar a história de Cubatão, como patrimônio cultural do município. “Sempre achei que a caneta e o papel são as maiores armas que um homem poderia ter. Sendo assim, usei delas para perpetuar um pouco da história da Cidade nesses livros”, finaliza, Arlindo Ferreira.

 

Valentim Cardozo

Da Redação

 

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